Hélio Leites
Pega o pinhão pra Cristo
e faz da latinha de sardinha
um presépio
faz dos ramos rimas
da colher de pau um remo
que conduz pássaros, peixes
serra-acima
caixinha de fósforo sua alma anima
liliputiando sua imensa ternura
criador, criatura – única pantomima
Hélio faz em seu mundo de miniaturas
o anjo dormir no avesso das coisas
do material inútil nasce a beleza
Helioterapia faz dançar a periquita
na poesia de mais um Heliogravura
Hélio e a sua sustentável leveza
Edu Hoffmann
domingo, 12 de junho de 2011
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