Um grito engasgado ecoou,
e a Curitiba Afro se libertou,
mesmo com o apagamento,
a história hoje se revelou.
A Curitiba é negra
Afro Curitiba
Hoje na avenida,
vou louvar meus ancestrais.
Busco invocar nossa história,
reavivar nossa memória,
na vida e no Carnaval.
De Zacarias a Rebouças
se iniciam caminhos e novos trilhos,
que construíram nossa Capital.
Vou falar de Enedina
mulher negra da engenharia
com seu toque magistral.
Também não me esqueço
dos tropeiros e trabalhadores
eram negros e viviam
na Capital do Carnaval.
O Paraná é o Estado
mais negro do Sul
seu símbolo é uma gralha azul,
com uma cabeça singular.
Passado presente na memória,
suas marcas são história,
deste povo milenar.
Zelador Cultural Candiero.
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