Uma oficina que tem por objetivo introduzir, reforçar, e provocar o amor dos educandos pela "Literatura na Escola" deve necessariamente passar pelos educadores. O mestre Freire nos diz:"é fundamental diminuir a distância entre aquilo que se fala e aquilo que se faz, de tal forma que em dado momento nossa fala seja nossa prática". Difícil é ensinar aos outros gostar daquilo que não gostamos, ou não temos o hábito, ou nunca achamos tempo. Tudo em nosso atos é pedagógico; Aliás, nossas ações muitas vezes ensinam mais que nossas palavras. Como posso ensinar meu educando a sentir prazer em pegar um livro para ler, como uma criança indo para sua brincadeira predileta, ou um adolescente indo encontrar a namorada na saída da escola, um músico ao pegar seu instrumento, o esportista ao iniciar uma competição? Sem dúvida isto passa pelo desejo. O educador deve ser um "semeador de sonhos, despertador de desejos, fomentador de utopias e vislumbrador de horizontes".
Para despertar este desejo o educador deve, sem perder o referencial de ser adulto, voltar a ser criança. A músicas folclóricas, as poesias, brincadeiras e danças de roda, contação de causos e estórias nos levam através da memória afetiva a este reencontro. Muitos adultos não tiveram a oportunidade de aproveitar a infância, e muitas vezes isto passa a ser uma frustração que afeta esse ser adulto sem que sequer ele perceba.
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